sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sobre um livro, uma árvore e um filho.

Essa noite a melatonina me fez sonhar bem mais estranho do que a Priscilla Leone. Sem dormir há duas noites, eu culpo a empolgação de querer por que sim - cantar! Cantar numa banda, pela noite a fora, perder a hora por aí. Eu sei que nasci pra noite me levar.
A música é cada vez bem mais importante pra mim do que eu penso que ela seja. Nela sempre há alimento pra minha alma. Mesmo na escuridão dos meus problemas. Mesmo de lá eu sei nadar pra minha sonora superfície e sugar ela pelos ouvidos até ela estar sem forças.
Acredite, eu não sou covarde, e não é que eu não queira enfrentar meus problemas. Apenas não tenho mais paciência para a dor. Então o que está feito, está feito. O que está dito, está dito. Só temo a mágoa por que a odeio. Não quero dar permissão pra ela estar em mim. Talvez uma placa sirva. Proibido a entrada de mágoas.

~Sobre um livro, uma árvore e um filho...
Se essa história de fazer uma vida completa e feliz for verdadeira, Deus, eu sinto isso longe demais! Portanto, isso é mentira.
Meu livro estava em meu sonho essa noite. Ele tinha quatro enormes capítulos. Na vida real, os rascunhos que eu tinha de um provável livro, se foram na última queima de arquivo suelescos do meu quarto.
A árvore eu já plantei na infância. Na casa do Jardim Canaranas, e brinquei muito em cima dela. Era um abacateiro que eu chamava de Xuxu - não me pergunte porquê, mas muitas vezes ia conversar com ele assim como no livro "Meu Pé de Laranja Lima" que foi um dos primeiros que li. Ele me era um bom amigo, meu abacateiro. Até podarem os meus galhos preferidos (nossa como eu chorei!). Depois disso ele mudou demais comigo.

Mas essa coisa de filho, ainda vou deixar pros meus irmãos. Daí eu posso adotar um sobrinho.
Já tenho um afilhado e isso eh o suficiente, por hora.

Não quero me desvendar por que me decepciono, e a essa hora eu já nem conheço o caminho de volta.
Mas por que, ora pílulas, eu fico falando de mim?
Então quem se importa com essa história de felicidade?
Ô assuntozinho cansativo!

blog apoiado por albert einstein